Além dos ‘imigrantes’ existem também
os ‘emigrantes’. Você saberia distingui-los?
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O clima tropical do Brasil e o
comportamento alegre do seu povo são aspectos primordiais que contribuíram para
os imigrantes buscarem uma nova vida por aqui. No Acre, isso não seria
diferente, pois afinal, por todos os lados os imigrantes estão espalhados.
Graças às oportunidades, eles também foram responsáveis pela construção e
povoamento do nosso Estado.
No dicionário em português existe um
significado resumido para a palavra ‘imigrante’. Segundo o dicionário Aurélio,
‘Imigrante’ é aquele que imigra, ou seja, aquele que entra em um país
estrangeiro, com o objetivo de residir ou trabalhar. Mas, além dos ‘imigrantes’
existem também os ‘emigrantes’. Você saberia distingui-los?
O termo imigração se aplica só a
pessoas que pretendem fixar residência permanente no país adotivo. Já a
“Emigração” é o êxodo de indivíduos ou grupos, que consiste no abandono
voluntário do seu país de origem, por motivos políticos, econômicos, religiosos
etc.
No Brasil, para lembrar-se dos
estrangeiros, sempre no dia 25 de junho é comemorado o “Dia do Imigrante”.
Pensando nessa data, vamos prestar uma homenagem a essas pessoas relatando a
história de um casal de imigrantes que vieram de outros países da América
Latina e também por mostrar o trabalho voluntário que é desenvolvido por um grupo
religioso na nossa capital, Rio Branco.
Não existe um número real de
imigrantes que vivem no Acre, mas nos últimos anos, é visível que o Estado
virou rota internacional de imigração. Sendo ilegais ou não, essas pessoas vêm
dos mais diferentes continentes dispostos a mudarem de vida. A nossa história
comprova tal afirmativa.
No caso dos haitianos, mais de 130
mil cruzaram a fronteira do Peru e Brasil por meio do Acre em busca de uma nova
vida após o terremoto ocorrido em 2010, que destruiu a infraestrutura do país e
provocou a onda de emigração.
O processo de colonização acreana
teve a contribuição significativa de árabes, libaneses, alemães, bolivianos,
peruanos, japoneses e também africanos que foram atraídos graças ao segmento
promissor da venda da borracha quando estado exportou para a Europa durante a
2ª Guerra Mundial.
O arquiteto, Jaime
Erazo nasceu no Chile e a professora, Esther Olivares veio do Peru
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Chile + Peru = Brasil
O arquiteto, Jaime Erazo nasceu no
Chile e a professora, Esther Olivares veio do Peru. Atraídos pelo clima
tropical e aparente tranquilidade de Rio Branco, o casal escolheu o Acre para
viver. Ela mora aqui há mais de 20 anos. Ele chegou há pouco mais de dois
meses. Juntos trabalham num negócio próprio voltado à venda de capas de
proteção para motociclistas.
Jaime contou que ficou encantado como
Estado, principalmente no quesito limpeza e acolhida das pessoas. “Venho de um
lugar muito frio no Chile. Tanto frio no clima como o relacionamento com as
pessoas. No Chile, as pessoas são mais fechadas, diferentes dos brasileiros que
são mais calorosos. Além disso, essa cidade é muito bonita e foi por isso que
resolvi vir para cá”, relata acrescentando que viver no Acre se tornou mais
econômico em comparação com outros Estados da federação brasileira.
O arquiteto comenta que nem tudo é
tão fácil para os estrangeiros. A questão trabalhista e o idioma são algumas
barreiras que eles enfrentam. “Vocês brasileiros falam muito mais rápido. É
difícil para nós compreendermos. É preciso muita atenção. Existe também a
questão de emprego. Para um profissional da arquitetura que veio de outro país
é muito mais difícil encontrar um trabalho, mas isso não nos desanima”,
comenta.
Esther vive a mais tempo no Acre. Ela
ressalta que o clima úmido tropical foi o fator predominante para escolher o
nosso estado para residir. “Em certas regiões do Peru o clima é muito frio. Eu
não gosto do frio. No Chile o clima ainda é mais gelado. Desta forma eu
procurei saber um pouco da cultura do Acre e também do seu clima. Essa escolha
foi 20 anos atrás e hoje não penso em mudar daqui para outro lugar. A cidade é
tranquila e boa de se viver”, ressalta.
A professora, que nas horas vagas
também presta serviços de costura, avalia como positiva a sua experiência de
vida no Acre. Ela aproveita para fazer um elogio à gastronomia brasileira. “A
alimentação do Brasil é muito boa. Existe de tudo. Só acho que os brasileiros
comem pouca salada e deveriam explorar ainda mais as frutas e verduras assim
como fazemos no Peru”, elogia e acrescenta que para matar a saudade de sua
terra natal, sempre prepara comidas típicas do Peru.
Mas não é somente o clima agradável, a gastronomia que tem mantido a afinidade entre os dois. O futebol também faz parte da vida do casal. Aliás, isso quando não estão em campo as seleções do Peru e Chile. “Aí a história muda. Eu torço pelo Peru e ele pelo Chile. Nos próximos jogos da Copa América tenho certeza que o clima não será dos melhores entre nós. Mas o peru vai ganhar e tudo ficará bem”, brinca Esther que é retrucada pelo companheiro “O Chile é bom e também vai ganhar essa copa”.
Mas não é somente o clima agradável, a gastronomia que tem mantido a afinidade entre os dois. O futebol também faz parte da vida do casal. Aliás, isso quando não estão em campo as seleções do Peru e Chile. “Aí a história muda. Eu torço pelo Peru e ele pelo Chile. Nos próximos jogos da Copa América tenho certeza que o clima não será dos melhores entre nós. Mas o peru vai ganhar e tudo ficará bem”, brinca Esther que é retrucada pelo companheiro “O Chile é bom e também vai ganhar essa copa”.
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